Israel pode não ser mais tão democrático assim.
O Knesset (parlamento) aprovou uma lei que limita a liberdade de expressão.
Essa lei proíbe jornalistas das emissoras de Rádio ou Tv públicas de expressarem opiniões pessoais.
Para os observadores locais, fica claro que o objetivo é coibir críticas ao governo.
O ministro sem pasta Ofir Akunis confirmou essa interpretação ao justificar a necessidade da nova lei dizendo que alguns críticos do governo “não estão sendo profissionais, agindo assim por razões políticas.”
Um correspondente diplomático, Chico Menache, chamou a lei de “vergonhosa”.
O comentarista radiofônico Esty Perez foi incisivo: ”Um Estado democrático, que proíbe por lei que jornalistas apresentem ao público suas opiniões, mostra fraqueza e pânico que caracterizam as ditaduras. Me algemem, eu expressei minha opinião.”
O caminho para uma ditadura costuma começar por ataques à liberdade de imprensa.
Mas, o arrocho ainda não se consumou.
Como primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu pode vetar.
A nova lei é dose, mesmo para “o governo mais direitista da história de Israel.”