O Canadá, o maior amigo de Israel no mundo, ao lado dos EUA, acaba de se juntar aos críticos dos assentamentos.
Conforme seu ministro do Exterior: “Os assentamentos israelenses nos territórios ocupados são uma violação da Quarta Convenção de Genebra. Os assentamentos também representam um sério obstáculo para se conseguir uma paz completa, justa e duradoura.”
Ele aproveitou o embalo para falar também a respeito do problema de Jerusalém:“O Canadá considera que o status de Jerusalém somente pode
ser resolvido como parte de um acordo geral entre israelenses e palestinos. O Canadá não reconhece a anexação unilateral por Israel de Jerusalém Oriental.”
Mais taxativo, impossível.
Diante do pronunciamento canadense, Israel fica totalmente isolado, com seus assentamentos condenados urbi et orbi.
Nem por isso, Netanyahu se tocou.
Pelo contrário: comunicou aos negociadores palestinos que Israel quer mais territórios da Cisjordânia. Incluiu nas regiões de assentamento que já informou desejar reter também a localizada nas proximidades da cidade de Ramalá.
Talvez por coincidência, Ramalá é a sede da administração da Autoridade Palestina e seria a provável capital do novo Estado palestino, quando criado.
Netanyahu justificou sua exigência apelando para o Genesis. Nesse livro sagrado da religião judaica estaria escrito que a região próxima a Ramalá deveria ser de Israel.
Anteriormente, o premier israelense, tinha proposto trocar as regiões dos assentamentos já selecionadas por terras de Israel.
Esse caso seria diferente: as novas regiões teriam de ser acrescentadas ao território de Israel sem qualquer contra-partida.
De graça.
Com isso, os palestinos perderiam 13% da área total da Cisjordânia que passariam para Israel.
Claro, eles rejeitaram essa idéia.
Sem recorrer ao Alcorão.