Assentamentos ilegais são legais. E vice-versa.

Depois de prometer que não iria mais incentivar a construção de novos assentamentos, o governo de Israel informou que vai subsidiar mais 500, em Efrat.

Mark Regev, porta voz do governo, deu uma curiosa desculpa: não havia contradição com os subsídios a Efrat,  porque “as mesmas condições foram oferecidas a outras 600 comunidades em toda a região.”

É o que se chama um erro justificando um outro. Ou mesmo: legalizar uma ilegalidade, justificando-a com  base em  outra ilegalidade, pois novos assentamentos foram condenados tanto pela ONU, quanto pelas leis internacionais.

Já a OCHA (Agência de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU) e a OXAM (grande ONG Britânica) estão atuando no sentido contrário.

O jornal israelense Haaretz informou que Israel pretende reconsiderar o papel da OCHA na promoção de construções ditas “ilegais”, na Margem Oeste.

A idéia é limitar os vistos para entrada de funcionários da OCHA e anular permissão de viagem e de trabalho para empregados dessa agência da ONU.

As autoridades israelenses acusam a OCHA de favorecer a construção de casas por palestinos sem permissão das autoridades militares que está pensando em demolir o que chama de “construções ilegais”.

A OCHA está agindo assim porque que as autoridades levantam enormes dificuldades,  às vezes intransponíveis, para conceder essas permissões a palestinos, dentro do plano de esvaziar áreas da Margem Oeste  habitadas por esse povo.

Também para agir contra os objetivos de Israel na região, a OXFAM, uma das maiores ONGs européias, apelou a investidores para apoiarem projetos de desenvolvimento na área C da Margem Oeste,  ainda que não aprovados explicitamente por autoridades israelenses.

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