EUA, França e Reino Unido garantem que as forças do presidente Assad usaram armas químicas.
Por sua vez, a Rússia jura que os rebeldes é que são culpados desse tipo de transgressão.
Provas físicas e testemunhos são apresentados, corroborando as versões antagônicas.
Mas nenhum desses países consegue convencer a ONU.
Afinal, como os quatro estão envolvidos até os olhos no apoio às partes em conflito, suas posições são questionáveis.
Além disso, como diz o chefe da equipe de técnicos e cientistas da ONU, sem uma inspeção in loco não dá para se concluir nada.
Parece que isso agora poderá ser possível.
O governo sírio acabou de convidar o cientista sueco Ake Sellstron, o chefe da equipe de investigação da ONU, e Angela Kane, Alto Representante para Desarmamento, para vir ao país tratar da questão.
Segundo os membros da ONU, o objetivo da visita será “completar as consultas relativas às modalidades de cooperação exigidas para a adequada, segura e eficiente condução da atuação da missão da ONU para investigar as alegações de uso de armas químicas na Síria.”
Ou, em termos mais simples: começar a descobrir qual (ou quais) dos contendores estão falando a verdade.
Sendo realista, aposto que o mentiroso não vai passar recibo.
Suas desculpas já devem estar convenientemente preparadas.
Mas não adiantará muito.
Para a opinião pública consciente, vai ficar bem claro quem é o “bad guy” nesta história, por enquanto nebulosa.