No ataque terrorista na Argélia, os rebeldes do Mali usaram os moderníssimos AK104.
Exatamente os mesmos que foram fornecidos palas potências do Golfo (Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes) para a revolução contra Gadafi.
Com armas desta origem, os soldados islâmicos estão dando muito mais trabalho às forças francesas do que se pensava.
A NATO estava consciente de que milicianos dos dois lados na guerra da Líbia iriam apossar-se de poderosos armamentos, tanto dos exército de Gadafi, quanto dos revolucionários.
EUA, França e Reino Unido assumiram o controle da situação para evitar que grupos nada confiáveis, até mesmo ligados á Al Qaeda, saíssem equipados no fim da luta na Líbia.
Mas cometeram um erro: preocuparam-se apenas em tirar da circulação os lançadores portáteis de mísseis anti- aéreos, conhecidos como Manpads.
Com isso, os tuaregs, que lutaram por Gadafi, e os grupos islâmicos (inclusive terroristas), que lutaram contra, levaram para o Mali , além dos fuzis AK104, mísseis anti- tanque , morteiros e minas terrestres, entre outros engenhos mortíferos.
EUA, Reino Unido e França, que deveriam bloquear a transferência de todo esse poder de fogo, foram omissos.
Peter Bouckaert, do Human Rights Watch, informou ao Guardian que tentou convencer os representantes desses países a estenderem sua fiscalização a todo o tipo de armas.
Mas não conseguiu.
O resultado está explodindo no Mali.