Em 18 de setembro, o povo escocês vai decidir em referendo se quer independência do Reino Unido.
A Escócia já tem autonomia administrativa.
O referendo, aprovado por seu parlamento e o inglês, poderá lhe conferir total independência.
O povo escocês gostaria de governar-se por si próprio; no entanto, a maioria receia as conseqüências econômicas da separação.
Pesquisa da IPSOS, em 3 de março, mostrava 57% x 37% a favor das coisas continuarem como estão.
Já na pesquisa YouGov/Sun a diferença a favor do “Não à Escócia independente” é menor : 53% x 35%.
Apesar desta boa vantagem, as autoridades inglesas continuam inquietas.
Em artigo no The Telegraph, o vice-almirante John McNally considera a independência “o maior erro estratégico enfrentado pelas forças armadas (inglesas)”.
Até agora essa primazia incômoda vinha sendo atribuída ao exército inglês que, na última guerra, rendeu-se ao exército japonês em Singapura, julgando estar em minoria contra um inimigo de apenas 30 mil soldados, enquanto os ingleses tinham 100 mil.
Os argumentos do vice-almirante são, em parte duvidosos, em parte discutíveis.
Ele diz que com a separação o Reino perderia sua base de submarinos nucleares, localizada na Escócia.
O custo para sua reinstalação em outro local seria de muitos bilhões, insuportável para o tesouro britânico, ainda lutando para escapar da crise que assolou o mundo.
Provavelmente, o governo não poderia custear uma nova base de submarinos nucleares, o que causaria um desarmamento nuclear unilateral e assim: “Nossas relações (privilegiadas) com os EUA, nosso status de poder militar líder e ainda nosso lugar de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, tudo isso seria provavelmente perdido,” para o preocupado vice-almirante.
Todas estas conseqüências não fariam mais do que ratificar o papel secundário de um antigo império, que não se conforma em não ser mais o que foi.