Cada vez mais os povos do planeta estão ganhando consciência da importância vital da preservação do meio ambiente.
A defesa da natureza, no começo privilégio das pessoas e nações de mais alto índice cultural, chega agora até mesmo às regiões mais atrasadas do mundo.
Em El salvador, a ação dos ativistas convenceu a comunidade contra a exploração do ouro reivindicada pela empresa canadense Pacific Rim.
Está provado que o chamado projeto El Dorado poderá causar conseqüências devastadoras no fornecimento de água do Rio Lempa, do qual grande parte da população salvadorenha depende.
Atualmente, há uma campanha para conservar o ouro debaixo da terra, da qual participam o escritório estatal de direitos humanos, políticos de todos os partidos e a Igreja Católica.
Os parques nacionais e reservas do norte da Guatemala e do nordeste da Nicarágua estão sendo invadidos por traficantes de tóxicos, fugindo dos combates com o exército do governo mexicano.
Em Guatemala, no parque de Laguna Del Tigre, o índice de deflorestamento dobrou exatamente nos anos da guerra do Presidente Calderón,do Mexico, contra os cartéis da droga.
Os criminosos promovem um deflorestamento em massa para plantar coca e outras plantas para produção de tóxicos, além de instalar laboratórios e depósitos.
Há poucos guardas nessas regiões e muito mal equipados para enfrentar os gangsters nessas remotas regiões.
Mathew Taylor, que escreve sobre esta questão, diz que o cartel também negocia as árvores que cortam com especuladores e contrabandistas de madeira.
Quanto aos índios locais, ou são expulsos de suas terras ou recrutados à força pelos traficantes para trabalharem em seus empreendimentos.
O índice anual de deflorestamento de Honduras mais do que quadruplicou entre 2007 e 2011, um período de expansão do tráfico de drogas. Somente em 2011, 183 km2 de florestas foram destruídas no leste do país, incluindo na Reserva de Biosfera do Rio Plátano.
À medida em que aumenta a luta em defesa do meio ambiente, cresce a agressividade dos que lucram com sua destruição.
Campanhas pela preservação das florestas e dos recursos naturais em geral sucedem-se em todo o mundo. E a reação é cada vez mais violenta.
A Organização Global Witness havia informado uma estatística preocupante: o número de assassinatos de ativistas ambientalistas crescera em junho de 2012, logo antes da cúpula Rio + 20.
Mas, o pior estava por vir.
Somente no mês seguinte, 18 ativistas foram vitimados.
Em 2012, um total de 147 desses defensores da natureza tombaram assassinados, no que foi considerado o mês mais mortífero para a causa ambiental.