A Al Qaeda é pintada como algo tão nefasto quanto o nazismo. Em alguns aspectos, até pior.
Seu poder parece imenso. O mais forte país do mundo a considera um rival de respeito, pois decretou uma guerra só contra ela, a chamada “Guerra ao Terror,” que já dura mais de dois decênios.
E não está próxima do fim.
Para vencê-la, os EUA, em nome da segurança, não hesitaram em suspender direitos civis, algo que para eles é um patrimônio dos mais preciosos.
Todo o Ocidente, igualmente, mobilizou-se contra esse formidável inimigo.
De fato, no Yemen, Afeganistão, Mali, Somalia e Paquistão, suas forças tem atacado duramente os militantes da Al Qaeda.
Mas, estranhamente, os americanos e países amigos, em várias ocasiões, tem lutado ao lado do grupo do extinto Bin Laden. Ou, pelo menos, dado um sólido apoio.
Na guerra civil da Síria, o Ocidente e os estados petrolíferos do Golfo fornecem armas, apoio logístico, dinheiro, serviços de comunicação e apoio internacional às tropas rebeldes – boa parte delas integradas por gente da Al Qaeda e similares.
Na revolução da Líbia, aconteceu algo semelhante.
Anteriormente, durante a revolução contra os comunistas no Afeganistão, nos anos 80, o Ocidente equipou, armou e financiou grupos islâmicos radicais que acabaram fundando a Al Qaeda.
E, agora no Mali, autoridades francesas denunciam que os rebeldes da Al Qaeda local estariam sendo financiados pelo Qatar, um estado aliado dos EUA, que participou ativamente da guerra da Líbia.
A prova seria o fato do “Crescente Vermelho Qatari” estar fornecendo alimentos e medicamentos aos milicianos da Al Qaeda, que tomaram a cidade de Gao, conforme testemunha seu ex-prefeito.
O Qatar estaria agindo assim de olho nas grandes reservas de petróleo do Norte do Mali.
No caso da Al Qaeda e similares conseguirem tornar a região um estado independente, negociariam de preferência com o Qatar, retribuindo a ajuda prestada.
É verdade que “inimigo do meu inimigo é meu amigo”, mas amigo da Al Qaeda…
Duro de aceitar.
vivemos num munndo atrás das mídias..