Poucos meses antes do fim de 2012, comunicado da ONU informava que, depois da chegada das tropas americanas de reforço, os ataques talibãs haviam se intensificado.
Isso foi ignorado pelo general Dunford, comandante americano, substituto do general Allen por envolvimento no escândalo do general Petraeus. Ele afirmou o contrário: “O objetivos dos reforços (vindos em 2011) era reverter o bom momento do Talibã e incrementar o tamanho e a capacidade do exército nacional afegão.” Teria dado certo.Segundo ele os talibãs passaram a defensiva.
A promessa de Obama – retirar as tropas em 2014- seria cumprida.
Não totalmente, é verdade.
Obama e o presidente Karsai firmaram um acordo para manter 9 bases militares americanas em território afegão, por período indefinido.
Talvez a retirada não seria tão tranquila assim pois, tudo indica que os talibãs, longe de estarem fugindo para proteger a própria pele, continuam ativos e perigosos.
Zabiola Mujahid, porta voz dos insurgentes, acaba de anunciar que, desde o início da ofensiva da primavera, em abril, os talibãs vem realizando mais de 100 ataques diários.
O que foi parcialmente confirmado pelo general Mujtaba Patang, ministro do Interior do governo de Kabul. Ele publicou um comunicado, informando que a Polícia Nacional Afegã sofreu enormes perdas nos últimos 2 meses, com 395 policiais mortos e 582 feridos.
Embora garantindo que os talibãs estavam apenas lutando por suas vidas, o ex-comandante americano, o general Allen, não deixou de dizer que as tropas do EUA terão de permanecer no Afeganistão por um longo tempo.
Até 2014 ou mais, conforme insistentes boatos.
Se os talibãs tem força para lutar tanto tempo, não devem estar tão mal como os americanos gostariam.
Respondendo à pergunta do título, acho que nem os talibãs estão vencendo, nem os americanos estão pondo seus inimigos em fuga.
Empate de zero a zero.