Em recentes declarações, o general Benny Gantz, comandante israelense na invasão de Gaza, informou que nas próximas guerras seu exército teria . de matar um número muito maior de civis palestinos, devido à infiltração entre eles de milicianos do Hamas.
Na verdade, essa perspectiva sinistra já é uma realidade, considerando as estatísticas de mortes de civis pelo exército de Israel na última invasão de Gaza.
A justificação do general é uma acusação largamente repetida ao Hamas, anos a fio por autoridades de Telaviv, de que estaria usando civis como escudos humanos.
Seria verdade?
Repórteres do The Independence e do The Guardian, que cobriram toda a guerra de Gaza, disseram que não viram nada disso.
Os repórteres do New York Times, em matérias publicadas em julho (passado), também não notaram qualquer evidência de que o Hamas teria forçado os civis a permanecerem em áreas que Israel avisou seriam bombardeadas. Em vez de procurarem abrigo em instalações da ONU, por exemplo.
Muitos desses civis agiram assim porque mesmo áreas que Israel declarou que seriam respeitadas, como instalações da ONU e hospitais, foram também bombardeadas.
Jeremy Bowen, da BBC, foi categórico, negando a existência dos famosos escudos humanos.
Por fim, em 25 de julho, a Anistia Internacional afirmou que não havia sinal de que “civis palestinos foram intencionalmente usados pelo Hamas ou outros grupos armados palestinos durante as correntes hostilidades para servirem de escudos a locais específicos ou milicianos ou equipamentos contra ataques de Israel.”
No mesmo sentido foram o Human Rights Watch e outras Ongs de direitos humanos.
Palavras de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, “se você contar uma mentira de forma eficiente e a continuar repetindo, as pessoas eventualmente acabarão acreditando nela.”