Os EUA solicitaram ao governo do Reiuno Unido permissão para usar suas bases militares na ilha de Chipre e para voar a partir das bases americanas nas ilhas de Ascenção e Diego Rivera, ambas em territórios britânicos.
O objetivo seria apoiar a concentração de forças no Golfo Pérsico, tendo em vista um possível ataque preventivo ao Irã.
Até aí, normal.
Surpreendente foi a recusa.
Para o governo da Rainha, tudo que fosse participar de algum modo numa guerra preventiva contra o Irã seria violação da lei internacional.
Inaceitável, portanto.
O jornal The Guardian, de 26 de outubro, informa que “o não” britânico baseou-se em parecer do escritório do Procurador Geral. Sua conclusão era de que o Irã não representava ,atualmente, “uma ameaça clara e presente”.
Segundo o Guardian, uma fonte do governo declarou: “Penso que os EUA ficaram espantados quando os ministros relutaram em atender à assistência solicitada. Eles esperariam resistência de liberais democratas, mas não de conservadores (partido que governa o Reino Unido).”
Esse fato mostrou a falta de interesse total dos ingleses em participarem de um conflito no Oriente Médio.
No entanto, eles estão bastante preocupados em manter aberta a passagem pelo Estreito de Ormuz, no caso da situação acabar explodindo.
Para isso, mais de 10 navios de guerra, inclusive um submarino atômico, patrulham permanentemente o Golfo Pérsico.
O Reino Unido tem importantes interesses petrolíferos a defender na região.