Duas semanas antes do cessar fogo começar a valer, a França já estava o considerando fracassado. Por culpa da Síria, é claro…
Agora, como as hostilidades continuam em vários pontos do país, sempre atribuídas ao governo Assad, seu Ministro de Relações exteriores pede um ataque sem mais conversas.
Talvez como foi feito contra o ditador Kadaffi, apesar dos resultados não serem dos melhores.
Na Líbia, o remédio está quase matando o paciente.
Lá, a guerra acabou há muitos meses e o país continua sem lei, nem ordem. As milícias combatendo-se nas ruas, partidários e suspeitos de apoio ao ditador são presos e torturados por milicianos em várias regiões, há até mesmo um movimento de secessão, querendo a independência da Cirenaica.
Isso para não falar nas destruições causadas pelos bombardeios cirúrgicos da OTAN, espalhando ruínas e sem tetos por toda parte.
Mas Napoleão IV, ou melhor, Sarkosy, não está contente.
Apesar de Obama, Cameron e seus próximos também estarem sequiosos de atacar a Síria, o presidente da França destaca-se nesse quesito.
Por seu lado, Kofi Annam, judiciosamente, pediu um mês para localizar os 100 monitores da ONU nos pontos-chave do conflito sírio para poder, então, realizar um monitoramento efetivo do cessar fogo.
Só aí se poderá avaliar se o plano de paz do ex secretário da ONU está dando certo ou não.
Mas o trio ocidental não quer esperar mais.
O dedo de Sarkosy está tremendo de excitação, louco para apertar o botão da guerra.
Assim, sob influência dos ataques e respectivas vítimas, causados em maioria por tropas de Assad, Ban-Ki-Mon convocou uma reunião do Conselho de Segurança para 5 de maio, com o objetivo de analisar e tomar posição diante da situação.
Atacar já ou esperar pelo prazo de Kofi Annam : eis a questão..