A França pende para a esquerda.

Há menos de 3 semanas das eleições, surgiram surpresas.

Sarkosy cresceu, usando habilmente o caso do assassino islamita que matou 7 pessoas.

Na última pesquisa, da LH2, publicada em 1 de abril, a diferença de Hollande sobre ele caiu para 1%:  28,5 x 27,5%.

No entanto, no turno final, as chances de Hollande são bem maiores. Ele supera seu rival por diferenças entre 6 e 10%, conforme o instituto de pesquisa.

A maior novidade, porém, é o grande crescimento do candidato da esquerda, Jean Luc Melenchon, agora com 15% das intenções de voto –  o resultado mais alto obtido por um candidato anti-capitalista, desde o ocaso do Partido Comunista Francês, há 30 anos atrás.

O avanço de Melenchon, com sua oratória flamante, condenando as elites, tanto de centro-direita quanto de centro-esquerda, jogou Marine Le Pen, do partido de extrema-direita, para o quarto lugar.

O eleitorado francês parece desencantado com os políticos dos partidos predominantes, julgam-nos incapazes de lutar contra a crise.

Um candidato que rompe com o fracassado establishment, com suas posições anti-EUA, anti-Europa Unida e anti-campanhas eleitorais ricas é uma novidade, uma última chance de mudar para resolver.

Seu apelo para uma verdadeira revolução, que transforme as instituições financeiras e políticas, parece que está pegando bem num número crescente de pessoas.

Não se acredita que Melenchon vença, mas a expectativa é que sua candidatura cresça ainda mais, talvez prejudicando Hollande, no primeiro turno, mas, com seu apoio, garantindo a vitória do candidato socialista no segundo turno.

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