Os EUA estão gastando horrores na guerra ao terror- só no Afeganistão e no Iraque a conta deve chegar a um total entre 4 e 6 trilhões de dólares (estimativa da Harvard Kennedy School of Government).
Mesmo assim, o terrorismo segue a todo vapor.
De acordo com o Índice do Terrorismo Global do Institute for Economics and Peace, o número de atentados no ano passado foi o maior depois da virada do século. Passou de menos de 1.500, em 2000, a quase 10.000, em 2013, quase seis vezes mais, portanto.
Comparando com 2012, houve um aumento de 63% em 2013, sendo que foram mortas 17.958 pessoas nesse ano, contra 11.113 em 2012.
Note que essa proliferação assustadora acontece durante os anos das guerras do Afeganistão e do Iraque (2002/2014).
Foi nestes dois países, mais na Síria e no Paquistão, que cerca de 60% de todos os atentados aconteceram.
O relatório do Institute for Economics and Peace deduz que a política externa dos EUA tem uma influência direta nesta insólita expansão: “O crescimento das atividades terroristas coincide com a invasão americana do Iraque. Isso criou grandes vácuos de poder no país, permitindo que diferentes facções surgissem e se tornassem violentas.”
Além de promover as guerras do Iraque e do Afeganistão, os EUA também vem intervindo militarmente nas outras duas nações responsáveis pela maioria dos atentados. Na Síria, através de bombardeios contra o ISIS e o Nussra e do apoio bélico aos rebeldes moderados e no Paquistão, através dos constantes ataques dos drones.