Quem atirou em quem?

Foi no dia 20 de fevereiro que aconteceram os choques mais violentos entre os rebeldes de Kiev e as forças do governo Yanukowicz.

Morreram mais de 70 pessoas.

A grande mídia e os governos do Ocidente acusaram a polícia anti-motim, a Berkut, de ter atirado com armas de fogo contra o povo.

Sabia-se que só os agentes da Berkut eram autorizados a portar armas.

Certamente este morticínio pesou bastante na deposição do presidente.

Com a eleição de um governo interino, foram presos 12 oficiais da Berkut, acusados de terem matado a tiros vários manifestantes.

No dia 13, o deputado Gennady Moskal, membro da comissão parlamentar de inquérito desses crimes, reuniu a imprensa para declarar que os oficiais da Berkut eram inocentes.

Evidências periciais indicavam que as balas que atingiram as vítimas não partiram das armas deles.

Moskal esclareceu ainda que, na troca de tiros, os primeiros foram disparados contra os policiais, não contra o povo.

Atribuiu sua autoria a algum agente provocador do serviço secreto de Yanukowiz,  misturado ao povo para atiçar os conflitos.

Perguntado se não seria possível que o atirador fosse mesmo um dos manifestantes, o deputado respondeu que …bem, possivelmente, talvez…

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