Os maiores escritores de todo o mundo, entre eles 5 laureados pelo Prêmio Nobel, manifestaram-se contra a espionagem da internet e das ligações telefônicas denunciada por Eddward Snowden.
Gunther Grass, Orham Pahuk, JM Coetze, Umberto Eco, Ian McEwan, Henning Mankel, Yann Martel e Thomas Transtormer são alguns dos mais de 500 escritores que assinaram o apelo ”Uma Posição em Favor da Democracia na Era Digital.”
“Nós reclamamos o direito de todas as pessoas, como cidadãos democratas”, diz o documento, “de determinar até onde suas informações privadas podem ser recolhidas, armazenadas e processadas, e por quem; de obter a destruição destas informações se forem ilegalmente coletadas e armazenadas. Apelamos para que todos os Estados e corporações respeitem esses direitos.”
Mais adiante, os escritores afirmam: “o direito humano fundamental foi tornado anulado e nulo através do abuso dos desenvolvimentos tecnológicos por Estados e corporações com o objetivo de exercer vigilância em massa. Uma pessoa sob vigilância não é mais livre; uma sociedade sob vigilância não é mais uma democracia.”
Outro trecho que vale transcrever:”A vigilância é roubo. As informações privadas não são de propriedade pública, pertencem a nós. Quando elas são usadas para prever nosso comportamento, estamos sendo roubados de algo mais- o princípio da vontade livre, crucial à liberdade democrática.”
O manifesto termina, solicitando que a ONU crie um Código Internacional de Direitos Digitais.