Por fim, EUA e Rússia conseguiram marcar uma reunião entre as facções em luta na Síria.
A esse respeito, foi oportuno o comunicado conjunto dos ministros do exterior do Irã e da Turquia.
Como se sabe, o Irã é um dos mais importantes apoiadores do governo de Damasco.
E a Turquia é fundamental para o exército rebelde.
Os dois ministros pediram que, antes mesmo de se iniciar a conferência de paz marcada para janeiro de 2014, as hostilidades sejam interrompidas.
Trata-se de um passo necessário, mas depende dos países que apóiam governo e rebeldes pararem de lhes fornecer armas.
E a ONU vigiar as fronteiras e o espaço aéreo para que não haja transgressões.
Até acho que os países do Ocidente, a Rússia, a Turquia e o Irã topem, mas duvido da Arábia Saudita.
Para ela, a paz só interessa se vier com a queda do regime de Assad, que despojaria o Irã do seu mais firme aliado no Oriente Médio. E enfraqueceria a política do governo de Teerã em benefício de seus inimigos sauditas.
Além disso, os rebeldes que comparecerem a Genebra não representarão todas forças que lutam contra Assad.
O comandante do pró-Ocidente Exército Livre Sírio já anunciou que seu grupo não quer conversa com o grupo de Assad.
Por sua vez, os movimentos armados radicais islâmicos vão mais além: boicotam a reunião de paz e ameaçam submeter a julgamento todos os rebeldes presentes que não exigirem a deposição de Assad.
Este, por sua vez, mandará seus liderados a Genebra sem pré-condições.
Mas, afirmou que não pretende de modo algum renunciar, fortalecido pela série de vitórias que seu exército vem alcançando.
Ficaria até o fim do seu mandato quando então provavelmente se candidataria às eleições do novo governo.
Coisa que, mesmo seus adversários mais moderados, que defendem a implantação de um regime democrático, recusam terminantemente.
Com tantos sinais contrários, as esperanças de paz são escassas