Soldados franceses pagaram pela baixaria americana.

Na semana passada, um vídeo mostrando soldados americanos urinando sobre afegãos mortos causou indignação nacional.

Houve as esperadas condenações das autoridades americanas e do Afeganistão, que não parecem terem tido muito efeito na população.

A consequência mais dramática foi o assassinato de quatro soldados franceses por um soldado do exército afegão. O autor do crime alegou que já ficara fora de si ao saber, na semana anterior, que soldados ingleses haviam abusado de duas crianças de 10 anos de idade. A imagem dos soldados americanos urinando sobre o cadáver afegão fez sua fúria explodiu e ele matou os soldados franceses, como retaliação. Afinal, tanto ingleses, quanto americanos e franceses pertencem ao exército da ONU, que combate os talibãs.

Lembro que em novembro último, uma corte marcial do exército dos EUA julgou uma atrocidade cometida, em 2010, por um pelotão de soldados. Eles formavam um “time de matadores”, que assassinava afegãos desarmados, em Kandahar, e colecionava partes dos seus corpos, como troféus de guerra. Em seguida, os soldados se fotografavam ao lado dos corpos. Talvez para levar pra casa e mostrar aos amigos como “lembranças da guerra.”

Episódios desse tipo contribuíram para frustrar a estratégia americana de conquistar os corações e mentes do povo do Afeganistão.

Quanto aos franceses, Sarkosy falou em retirar em breve seus 3.600 soldados que integram as forças da ONU. As eleições vem aí e a Guerra do Afeganistão é altamente impopular na França.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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