Analistas previam que a chapa conjunta Likud-Beitenu- que reúne os partidos de Netanyahu e do “grão-falcão”, Avigdor Lieberman- elegeria 47 deputados.
Mas na primeira pesquisa eleitoral do Jerusalem Post esse número caiu para 37.
Continuou caindo até, na mais recente pesquisa, chegar a apenas 32.
Atribui-se essa queda à ascenção de um partido de da mais extrema direita, o Bayit Yehudi.
Para recuperar um eleitorado sensível aos apelos totalitários, líderes do Likud vem apresentando ideias próprias de um movimento fascista.
Agora, o partido, oficialmente, acaba de rejeitar o “Pacto de Igualdade Judeu-Árabe”, que defende igualdade de direitos e de oportunidades para todos na sociedade israelense, inclusive aos árabes.
Partidos de centro e de centro-esquerda, como o Labor, o Yesh Aid, o Kadima e o Meretz já assinaram o pacto. O Likud recusou-se, enquanto outros partidos de direita simplesmente o ignoraram.
Esta posição pode render votos nas eleições parlamentares de 22 de janeiro, mas certamente vai pegar muito mal na comunidade internacional.
Já há uma grande má vontade contra o governo de Israel pela criação de assentamentos ilegais e violências do seu exército contra os palestinos.
A rejeição do pacto de igualdade pelo partido oficial equivale a discriminar a população árabe do país, e vai certamente danificar ainda mais a imagem externa israelense.