Em 2006, aviões israelenses bombardearam o estádio de futebol da Faixa de Gaza, reduzindo-o a ruínas.
O povo da região, com seus escassos recursos, levou 6 anos para construir um novo.
O Estádio Palestino tinha lugares para 10 mil pessoas, escritórios, instalações para a imprensa, vestiários, todo o necessário para a realização de campeonatos nacionais com a participação de vários clubes.
Além disso, suas dependências incluíam diversos campos e quadras para programas de esportes destinados aos jovens de Gaza.
O povo de Gaza ama o esporte, particularmente o futebol, que é sua principal diversão.
Em 16 de novembro deste ano, a aviação de Israel procedeu a um bombardeio pesado do estádio, não deixando pedra sobre pedra.
Destruiu tudo.
Como, segundo o próprio governo de Israel, seus ataques eram “cirúrgicos”, visavam alvos precisamente determinados, jamais atingindo aleatoriamente o que quer que fosse, deduz-se que a idéia era mesmo acabar com o estádio.
Aliás, isso fazia sentido.
O objetivo de Telaviv é claramente tornar a vida em Gaza insuportável para lançar seu povo contra quem seria o responsável pela fúria de Israel: o Hamas.
O bloqueio de Gaza trouxe o desemprego em massa, a fome, a falta de habitações, as doenças causadas pela desnutrição, a falta de medicamentos, a insegurança, a miséria.
Tornará Gaza inabitável em 2020, conforme estudo da ONU, caso nada seja feito.
Faltava mexer com o lazer, acabar com o esporte, especialmente o futebol, a maior, talvez única, fonte de diversão e alegria do povo de Gaza.
Em 16 de novembro, estádio arrasado, missão cumprida.
Agora o povo de Gaza não tem mais nada.