Morsi avisa que o Egito mudou.

Mubarak vai deixar saudades nos EUA.

Na entrevista do Presidente Morsi ao New York Times, na semana passada, ficou claro que o Egito não será mais aquele.

De cara, ele anunciou que os EUA precisam mudar fundamentalmente sua atitude em relação ao mundo árabe, mostrando maior respeito por seus valores e ajudando a construir o Estado Palestino.

Isso se quiser superar décadas de raiva reprimida.

Ele insistiu que cabia à Casa Branca consertar as relações com os países árabes. Afirmou que, apoiando ditaduras contra a oposição do povo e Israel contra os palestinos, “…sucessivas administrações (dos EUA) compraram a má vontade, se não o ódio dos povos da região, com o dinheiro pago pelos contribuintes americanos”.

Quanto à aliança com Egito, Morsi deseja que seja revitalizada, porém em novos termos. Para ele, o Egito não será hostil aos EUA, mas também não será subserviente como Mubarak foi.

Perguntado se honraria o tratado com Israel, ele respondeu que se é isso que os EUA desejam, deveriam respeitar seus compromissos  assumidos em Camp David. Ali, foi decidido que as tropas israelenses se retirariam de Gaza e da Margem Oeste, dando lugar a um governo palestino livre.

E Morsi enfatizou este ponto, lembrando que os EUA têm uma “responsabilidade especial” em relação aos palestinos porque assinaram os Acordos de Camp David.

 

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