O escudo anti-missil , que protegeria a Europa contra ataques nucleares do Irã, é uma herança do governo Bush.
Na apresentação da idéia, Moscou protestou alegando que o escudo era contra a Rússia, pois ela ficaria com seu poder ofensivo anulado.
Caso precisasse lançar seus mísseis, o escudo os tornaria sem ação, enquanto que os mísseis de eventuais inimigos não teriam de vencer barreiras para atingir as cidades do país.
Bush insistiu um pouco e engavetou o projeto.
Obama está tentando revivê-lo, talvez por pressão da indústria americana de armamentos e/ou do Pentágono.
Loucos de raiva, os russos prometem até retaliações militares.
Eis que os cientistas americanos mandaram um parecer à Casa Branca que pode resolver o problema.
Eles informaram que, embora o escudo fosse realmente capaz de defender os países europeus, seria um verdadeiro míssil contra as finanças americanas.
O sistema teria de enfrentar inevitáveis atrasos, pesados reajustes de preços e problemas tecnológicos. Tudo representando uma quantia imponderável, mas certamente multi-bilionária, bastante desconfortável nesses tempos de vacas magras que vivem os EUA.
Sem contar que a razão de ser do projeto (pelo menos, a alegada) é mais do que duvidosa. Poucos analistas acreditam que o Irã venha a ter armas nucleares nesta geração e mesmo também na seguinte.