A Bolívia nacionaliza o que não funciona.

País que quer melhorar a vida do povo precisa levar energia elétrica a quem não tem.

Para Evo Morales, Presidente da Bolívia, é simples assim.

Por isso mesmo, ele revolveu estatizar a Red Electrica, empresa espanhola que operava a rede de transmissão de eletricidade da Bolívia.

E operava mal.

Desde que foi privatizada, em 1997,portanto em 15 anos, a Red Electrica investiu apenas 81 milhões de dólares na extensão da rede, enquanto, apenas no governo Morales, o estado boliviano investiu 220 milhões de dólares na geração de eletricidade.

Portanto, havia energia para atender às regiões carentes da Bolívia, mas não equipamentos  de transmissão suficientes para levar eletricidade às vilas que estavam no escuro.

Morales anunciou também que irá indenizar os proprietários da empresa nacionalizada. Contratou uma empresa independente para fazer uma avaliação justa dos bens a serem pagos.

Há quem diga que o ato de nacionalização da Red Electrica vai afastar investimentos estrangeiros, pois causará insegurança; os empresários teriam medo de que o mesmo poderia acontecer com empreendimentos que fizessem no país.

Vejo isso de uma forma diferente.

A decisão de Morales vai selecionar os futuros investidores estrangeiros.

Virão para a Bolívia somente aqueles que estiverem dispostos a reinvestir parte dos seus lucros para atender às necessidades da população.

E não enviar quase todo para a matriz, como a Red Electrica fazia.

 

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