A Arábia Saudita, fraternal aliada dos EUA, que fornece armas contra o regime Assad, em defesa da democracia e dos direitos civis, adota o seguinte lema: faça o que digo, mas ai de ti se fizer o que eu faço.
Sendo uma monarquia religiosa, segue o wahabismo, seita sunita extremamente radical que defende aplicação das normas da sharia como leis do Estado.
A sharia, é um conjunto de princípios do Alcorão, tal como surgiram no século 8, em plena Idade Média, quando os cristão queimavam feiticeiras e hereges.
Hoje, os islamitas evoluídos defendem uma interpretação da sharia, adaptada aos tempos modernos.
Não é o caso do regime da Arábia Saudita.
Lá vigora o radicalismo religioso, numa ditadura que não admite contestações.
Um jovem, Bardaw, co- fundador da “Rede Liberal Saudita”, ousou propor na internet um “dia de liberalismo”, propondo o fim da influência religiosa na vida diária dos habitantes do reino.
Foi rapidamente preso e condenado por um juiz como apóstata, o que na Arábia Saudita dá pena de morte.
Felizmente, os réus podem se salvar, manifestando seu arrependimento.
Mas Bardaw não escapou do castigo.
Julgado culpado do curioso crime de “liberalização religiosa”, deverá cumprir 7 anos de prisão, além de receber 600 chibatadas.
Adivinha quantas vezes o regime da Arábia Saudita foi acusado na Comissão de Direitos Humanos da ONU.
Errou. Nenhuma.
Até que vale a pena ser satélite dos EUA.