5 bi da Europa Unida para o Egito.

Enquanto o Congresso dos EUA dificulta a concessão de 300 milhões de dólares do governo Obama para o Egito, a Europa Unida não vacila: concede 5 bilhões de euros.

O Banco Europeu de Investimentos e o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento entrarão com 2 bi cada. O bi restante virá de estados membros da Comunidade.

Além disso, o governo egípcio espera obter um empréstimo de 4,8 bi do FMI nesta semana para ajudar a enfrentar um déficit de 28 bi, ou 11% do seu PIB, e a crise de sua balança de pagamentos, resultante da redução do turismo e dos investimentos externos.

Nos 21 meses subseqüentes à queda de Mubarak, a economia egípcia desorganizou-se – afinal tratou-se da mudança de um regime. O crescimento caiu e as reservas quase viraram pó.

Numa tentativa de reequilibrar as finanças públicas, o governo anunciou uma reestruturação do programa de subsídios sociais o que alarmou a população pobre- 40% dos seus 83 milhões de habitantes.

Fala-se também num aumento do preço da energia e em reforma fiscal.

O objetivo é aumentar é conseguir um crescimento de 3,5% neste ano e criar 700 mil novos empregos.

A moderação até agora demonstrada pelo Presidente Morsi, que tem evitado posições agressivas, sem abdicar das principais teses dos povos árabes e da política externa independente, por enquanto, está satisfazendo os europeus.

Os 5 bilhões são uma prova disso.

O Presidente Obama, pessoalmente, parece interessado em manter boas relações com o Egito, mesmo não encontrando nele um aliado sempre fiel.

Não é o que pensa o Congresso, ainda dominado pelos republicanos e aliados democratas de direita, que continuam desconfiando dos governos originados da Primavera Árabe.

 

 

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