Desde que se soube que Obama pretendia nomear o ex-senador republicano (porém independente) Chuck Hagel para Secretário de Defesa, a direita assanhou-se.
Neoconservadores, adeptos do Israel, First e do Tea Party, “falcões” e lobbies da indústria de armamentos lançaram uma barragem pela imprensa, acusando-o de ser anti semita, anti Israel, isolacionista e adversário de um EUA militarmente forte.
Mas, como nem toda a América pensa do mesmo modo, importantes mensagens, defendendo e louvando Angel foram publicadas.
O JStreet, uma organização de judeus americanos liberais, lançou manifesto , salientando o apoio de Hagel à causa da segurança de Israel.
E afirmando: “JStreet acredita que o antigo senador Chuck Hagel seria uma excelente escolha para a Secretaria da Defesa e está chocado pelos ataques recentes , questionando seu compromisso com o estado de Israel e com o Oriente Médio. Ele (Hagel) reconheceu, antes de muitos falaram em público, que a solução do conflito israeli- palestino, através da ideia dos 2 estado, é do interesse dos EUA.”
Friedman, colunista do New York Times há muitos anos e partidário do estado de Israel, também reconhece os méritos de Hagel para suceder ao insosso Leon Panetta.
Assessores de segurança nacional de 4 presidentes- James Jones, Brent Scrowcroft, Zibigniew Brzezinski e Frank Carlucci publicaram no Washington Post carta que dizia: “O senhor Hagel é um homem de inabalável integridade e sabedoria que serviu seu pais da maneira mais digna na paz e na guerra. Ele é um raro exemplo de funcionário público disposto a passar ao largo da política partidária para fazer prevalecer os interesses dos EUA e dos seus amigos e aliados.”
Por fim, um grupo de antigos embaixadores, tanto em administrações republicanas quanto em democratas, aplaudiu a possível designação de Hagel.
Todo esse pessoal é de centro ou mesmo de direita moderada. Os mais à esquerda podem ser classificados , no máximo, como liberais.
A opinião de esquerda, os chamados progressistas, está toda com o ex- senador.
Hagel não está sozinho.
Ele dispõe de apoio suficiente para vencer as hesitações de Obama.