O Vaticano acaba de reconhecer oficialmente a Palestina como Estado livre.
Ele já havia assinado, em unho, seu primeiro tratado com o “Estado da Palestina”, no qual defendeu ações para terminar o conflito entre israelenses e palestinos, consagrando a tese dos “2 Estados Independentes na Palestina.”
Em dois de janeiro, reporta a Reuters, o Vaticano e o Estado palestino trocaram mensagens, definindo todos os passos necessários para o estabelecimento de relações diplomáticas normais entre os dois Estados.
Israel recebeu muito mal esta novidade.
Taxou o acordo de precipitado, que prejudicaria as perspectivas de avanço do processo de paz.
Considerando que esse processo está parado há anos não se pode falar num “avanço” que nunca existiu.
Os protestos de Telaviv foram ainda um tanto ambíguos. Falam que o acordo poderia também “impactar as futuras relações israelenses com o Vaticano.”
Qual seria o significado desta previsão ameaçadora?
É certo que deixa entrever má vontade israelense em iniciativas do papa Francisco.
Nesse caso, o dano seria para Israel, pois o mundo costuma ver Francisco com simpatia e admiração.
Já Israel, principalmente depois do massacre de Gaza, vem tendo sua imagem desgastada pela ocupação da Palestina e os assentamentos; inclusive governos europeus aos poucos estão impondo sanções e restrições às relações econômicas com Telaviv.
Acredito que o maior prejuízo com o reconhecimento da Palestina pela Santa Sé serão certos lobbies pró-Israel nos EUA.
Há um grande numero deles, espalhados pelo país, que reúnem cristão e judeus em defesa dos interesses de Israel.
Depois do apoio do Vaticano à Palestina, os cristãos desses movimentos ficariam pelo menos com problemas de consciência.
Seguir o papa Francisco ou Bibi Netanyahu?
Não sei como a maioria sairia dessa saia justa.
Aposto que muitos optariam pelo Vigário de Deus na Terra.