O Hisbolá é um movimento político-militar que combateu as intervenções de Israel e do Ocidente no Líbano.
Na última invasão por Israel, a resistência do Hisbolá aos invasores obrigou o exército de Israel a se retirar, depois de matar cerca de 1.000 civis.
Ele é um grande inimigo de Israel e aliado do Irã.
Talvez por isso, continue nas listas de terroristas de Israel e, é claro, dos EUA.
No momento em que soube do atentado contra turistas israelenses na Bulgária, Netanyahu correu a denunciar o Hisbolá como o autor, tendo o Irã como cúmplice.
Shimon Peres, presidente de Israel, e outrora um político sério, somou-se às denúncias de Bibi.
No entanto, um ex chefe do Mossdad, Danny Aylon, desmentiu tud dizendo que não havia provas que ligassem ao crime a dupla Hisbolá-Irã.
Por sua vez, o Ministro das Relações Exteriores da Bulgária, Nicolas Vladenov, concordou com ele. Ponderou que no estágio inicial das investigações não havia como sequer pensar em apontar suspeitos.
Nada disso fez o governo de Israel cair em si.
Pelo contrário: mandou seu Ministro das Relações Exteriores, o ultra Avigdor Lieberman, solicitar à União Européia que colocasse o Hisbolá na sua lista de terroristas.
Ouviu um sonoro “não” como resposta.
A União Européia levaria em consideração a solicitação de Israel se houvesse provas tangíveis do Hisbolá estar engajado em ações de terror.
No caso, não havia.
A palavra de Bibi estava longe de ser uma “prova tangível.”