Finalmente, o povo americano poderá conhecer as diabruras das políticas de interrogação e detenção da CIA.
O Comitê de Inteligência do Senado acaba de concluir um relatório sobre o assunto.
Conforme a senadora Dianne Feinstein, são 6 mil páginas incluindo “detalhes sobre cada detento em custódia da CIA, as condições em que eles foram presos, como foram interrogados, as informações que eles prestaram e a precisão – ou falta de precisão- dos informes enviados pela CIA à Casa Branca, Departamento de Justiça e Congresso sobre seu programa de detenções e interrogatórios.”
O relatório também contém 20 laudos e conclusões.
O uso de Waterboarding e outras técnicas de interrogação, digamos, agressivas, aparece bem documentado.
As fontes do relatório são um estudo da CIA de mais de 6 milhões de páginas e uma série de documentos públicos.
Agora, o relatório está sendo analisado pela Casa Branca e pela CIA.
Em seguida, o comitê se reunirá para decidir se deve ou não publicá-lo.
Teme-se que o governo Obama aja para impedir que isso aconteça.
De fato, a exemplo do seu antecessor, ele tem se apressado em apelar para a qualificação de “classificado”- ou seja, secreto- para bloquear documentos e testemunhos em processos que esclareceriam as técnicas de interrogatório da CIA e seu programa de sequestros de suspeitos no exterior, durante a administração Bush.
Espero que o Obama, versão segundo mandato, lembre-se de sua velha promessa de fazer o governo mais transparente da história americana.
E deixe os americanos conhecerem o que a CIA fez em nome da segurança nacional.