Na conferência de Genebra pela paz na Síria foi decidido que participariam todas as forças e potências envolvidas na guerra.
Menos, é claro, os grupos terroristas já que não passam de delinqüentes políticos.
Infelizmente por pressão da pouco democrática Turquia, os curdos , que lutam por sua independência e contra o Estado Islâmico, ficaram de fora.
Mas, a milícia Nussra, franquia da al Qaeda na Síria, foi barrada com toda justiça.
Já não houve nem fiapos de justiça na admissão do Jaysh-al-Islam, um notório grupo terrorista, que considera “irmãos” os militantes do Nussra.
O Jaysh-al-Islam é uma coalizão de militantes salafitas, uma das mais radicais e conservadoras seitas islâmicas. Que costuma operar no Oriente Médio através de ações violentas para impor seus princípios.
Seu mais importante “feito” foi impedir com assassinatos e grandes desordens de rua que o governo islâmico moderado da Tunísia tivesse condições de encarar com sucesso os muitos problemas do país na Primavera Árabe.
Na guerra da Síria, o Jayish, por sinal um dos dois maiores grupos de milicianos da oposição anti-Assad, é apoiado pela Turquia, Arábia Saudita e Qatar, inclusive com armas.
Ele faz parte de uma grande coalizão, a Frente Islâmica, cujo objetivo é impor a “sharia” (lei islâmica com mais de 1.200 anos) como lei da Síria.
Exatamente o objetivo dos bárbaros do Estado Islâmico.
O Jayish publica vídeos de execuções de adversários, como, aliás, o Estado Islâmico faz.
Em 2015, o grupo usou muçulmanos alauitas (religião de Assad), encerrados em gaiolas, como escudos humanos no front de Ghouta.
E, em 7 de abril, rompendo o cessar fogo acordado em Genebra, atacou com armas químicas milícias curdas na região de Alepo.
Diante da indignação despertada em toda a região, os chefes do grupo declararam que os responsáveis pelo ataque químico erraram e seriam punidos.
O que parece um tanto duvidoso dado os antecedentes desses piedosos combatentes.
São alguns motivos que levam a Rússia e o Irã a classificar o Jayilish-al-Islam como um movimento terrorista.
OK , estas nações estão do lado contrário, mas o Egito é neutro é também acusa os “irmãos” do Nussra de terrorismo.
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