A privatização da tortura

O filme, a ser brevemente lançado, Irak for Sale (Iraque á venda) denuncia que “contractors” (civis contratados pelo exército americano) comandaram torturas em Abu Ghraib. Comenta Robert Greewald, cineasta que o produziu: “nos meses de trabalho em Irak For Sale uma das mais chocantes e perturbadoras descobertas foi como a CACI International lucrou torturando iraquianos em Abu Ghraib”.

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Quem ameaça quem

No papel assumido de guardião do planeta, o governo americano denunciou os objetivos militares do programa nuclear iraniano. A prova maior teria sido o reinício da pesquisa de urânio enriquecido, essencial tanto para se produzir energia quanto bombas atômicas. Bush jura ser isto o que os iranianos querem, apesar de o presidente Mahmoud Ahmadinejad garantir que é contra armas nucleares, o que, aliás, foi reforçado por uma fatwa (espécie de encíclica dos muçulmanos) do supremo líder do governo e da hierarquia religiosa, o aiatolá Ali Khamenei. Para Bush, o Tratado de Não-Proliferação Nuclear estaria sendo violado, com o que teríamos mais um país de posse da arma do juízo final. 

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Laranja azeda

Patrocinada pelos Estados Unidos, a Europa e o financista George Soros, a chamada “revolução laranja” venceu as eleições na Ucrânia em 2004, depois de imensas manifestações populares. Seria a democracia e a liberdade do mercado que chegavam a um país dominado pela corrupção, o autoritarismo e a ineficiência dos sucessores da extinta União Soviética. Vitória para Bush, comprometido até os olhos com os vencedores – que prometiam afastar a Ucrânia da Rússia e torná-la membro da Comunidade Européia e da OTAN.

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Muito além de Abu Ghraib

“Um drama está acontecendo em total silêncio no Iraque, onde as tropas de ocupação da coalizão estão usando a fome e a privação de água como armas contra a população civil.” Denúncia feita em 14 de outubro por Jan Ziegler, antigo professor de sociologia, nomeado pela ONU para investigar os direitos humanos no Iraque.

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Daqui não saio

Agora não há mais dúvidas: é por causa do petróleo que os americanos não querem sair do Iraque. O próprio Bush confessou. No começo do mês, durante a campanha eleitoral, ele se declarou preocupado com essa possibilidade. Para Bush, os extremistas poderiam tomar o poder e ameaçar elevar o preço do petróleo para as alturas caso os Estados Unidos não abandonassem Israel e os países aliados do Oriente Médio. Prevendo isso, seu governo tem uma estratégia de longo prazo que inclui permanecer na ofensiva.

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O ano em que George Bush caiu do cavalo

O desprezo pelas leis e pelos princípios de humanidade pegou muito mal em todo o mundo. A imagem internacional dos Estados Unidos, que já não era das melhores, piorou acentuadamente, em especial nos países muçulmanos. Agora, Bush não pode mais esperar que seja respeitada a bandeira da democracia que ele vinha agitando com tanto ardor.

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