Gol e jogo bruto (1): o começo da mudança

Depois de Trinidad-Tobago não se pode mais duvidar das boas intenções de Obama em relação à América Latina. Ele ouviu sem replicar, em público e privado, pesadas críticas ao imperialismo americano, à arrogância dos seus representantes, às pressões e intervenções na política das nações da região, ao apoio a golpes de direita e, especialmente, ao injusto embargo de Cuba.

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Obama: avanços e recuos

Obama começou a realizar uma das mais audaciosas propostas da sua campanha: assistência médica para 43 milhões de americanos até hoje desamparados. Os recursos necessários, 3,6 bilhões de dólares, viriam do corte dos subsídios concedidos por Bush aos mais ricos, que pagariam ainda impostos especiais.

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O sequestro das leis

Com as “Extraordinaries Renditions”, o governo Bush exagerou. Fica difícil condenar a Coréia do Norte, o Irã e o governo do Hammas por desrespeito à ordem internacional quando se está seqüestrando, violando soberanias e torturando habitantes de outros países de onde são arrancados à força. Os governos europeus costumam temer o poderio yankee, mas seus judiciários e parlamentos começam a erguer a cabeça.

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Os candidatos à Casa Branca e a política internacional (1): a Palestina

Os pré-candidatos à Casa Branca do partido Democrata, e até alguns republicanos, não têm poupado críticas à política internacional de George Bush. Mas a verdade é que, particularmente no Oriente Médio, hoje o principal “front” externo dos Estados Unidos, o novo presidente, seja quem for, continuará atrás dos objetivos atuais: o controle e a exploração do petróleo da região – a defesa incondicional de Israel –, a guerra sem tréguas contra os movimentos islâmicos, terroristas ou não, e a destruição de qualquer potência emergente fora de sua área de influência.

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Os candidatos à Casa Branca e a política internacional (3): Irã

O governo do Irã desenvolve um programa secreto para a produção de bombas nucleares, tendo atingido uma etapa fundamental que é o enriquecimento do urânio. Sendo governado por aiatolás “insanos”, a posse desse engenho apocalíptico poria em risco não só a paz mundial, como também a sobrevivência da espécie humana. Por isso, o governo americano, aliado a potências européias, exige que Teerã interrompa o enriquecimento de urânio.

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Os candidatos à Casa Branca e a política internacional (4): América latina

Somente nos últimos anos do seu governo o presidente Bush se deu conta de que estava ignorando a América Latina. Emendou-se editando um pacote de benesses modestas, o que foi perfeitamente explicável pela preferência em investir no front do Oriente Médio, onde as coisas estão pra lá de pretas. E, é claro, pela situação pré-falimentar em que se encontram os Estados Unidos.

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