Senadores pela guerra.

30 senadores americanos apresentaram uma resolução dispondo que o Presidente deveria abandonar, tanto sua estratégia de “contenção” de um Irã nuclear, quanto qualquer negociação que permitisse o enriquecimento do uranio em território iraniano, mesmo Teerã aceitando que a IAEA (agência da ONU de energia atômica) fizesse as mais completas inspeções.

Se aprovada, a resolução 380 impediria qualquer solução pacífica para o problema nuclear iraniano. A diplomacia sairia da jogada. E, como os iranianos jamais aceitariam uma proposta tão humilhante, a guerra seria a única solução deixada sobre a mesa.

A iniciativa desses senadores anula completamente a estratégia do Ocidente que consiste exatamente no que ela proíbe: forçar o Irã a aceitar inspeções da IAEA de todas as instalações nucleares iranianas, admitindo que Teerã adquira capacidade nuclear, desde que não vá além disso, ou seja, não passe da “linha vermelha,” definida pela Casa Branca.

A resolução senatorial vai mais longe: exige o fim do programa de mísseis balísticos do Irã. Em outras palavras: quer tornar o Irã praticamente indefeso. É mais um lance que abre caminho para a guerra, pois país algum aceitaria uma tal diminuição de sua defesa. E deixaria absolutamente claro a intenção dos EUA de subjugar o IRÃ.

Felizmente, a aprovação da resolução 380 não é certa. De acordo com Lara Friedman, da ONG  “Americanos pela Paz Agora”, os autores da proposta conseguiram a adesão de somente 15 democratas. Isso apesar da notória AIPAC (principal lobby judaico-americano) ter passado vários dias tentando convencer os senadores democratas, especialmente os mais sensíveis à sua pregação de guerra.

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