As sanções da ONU, dos EUA e da Europa Unida pretendem atingir a indústria do petróleo, os programas nucleares e as forças armadas para forçar o governo do Irã a aceitar as imposições do Ocidente.
Espera-se que provoquem inflação, fechamento de empresas e desemprego, o que voltaria o povo contra seus dirigentes e os obrigaria a pedir arreglo.
No entanto, apesar de estarem causando estrago na economia do Irã, as principais vítimas das sanções são os setores mais frágeis da sociedade, as centenas de milhares de pessoas que sofrem graves problemas de saúde.
As medidas internacionais não proíbem a importação de alimentos e medicamentos explicitamente.
No entanto, o bloqueio das operações internacionais dos bancos iranianos, imposto pelos EUA e pela Europa Unida, impedem que o Irã importe esses itens.
Como o Irã produz grande quantidade de alimentos, o bloqueio nessa área é tolerável embora o país tenha de renunciar a uma série de produtos habitualmente consumidos por suas famílias, que eram importados.
O grande problema é o bloqueio da importação de medicamentos necessários para o tratamento de moléstias crônicas como hemofilia e diabetes e de outras de extrema gravidade, como o câncer.
Dá para imaginar o que está acontecendo: muitos milhares de pessoas estão tendo suas doenças agravadas ou sendo condenadas à morte prematura, pela falta dos remédios necessários.
Para as autoridades iranianas isso se trata de genocídio, pois as sanções estão começando a matar pessoas em massa.
Talvez seja exagero, mas exagero certamente é impor desnecessários sofrimentos a pessoas de saúde fragilizada sòmente para forçar o Irã a deixar de fazer algo que ele não está fazendo.
Nunca é demais lembrar a última declaração dos 16 serviços de inteligência americana que garantiram a ausência de um programa nuclear militar iraniano e de indícios de que estejam planejando seu início