Romney: tour de gafes.

No seu tour pelo exterior, Mitt Romney chegou a Polônia.

Desde  o começo, tem sido uma sucessão de bolas fora.

No Reino Unido, ele duvidou da capacidade britânica de organizar uma Olimpíada.

Em Israel, começou apoiando um eventual ataque unilateral de Israel ao Irã.

Coisa que Obama está dando o sangue para evitar e os europeus temem mais do que as 7 pragas do Egito, pois sabem que seria um tsunami nas sua combalidas economias.

Não contente com isso, tomou a imensamente maior prosperidade  de Israel sobre a Palestina como prova da superioridade da cultura judaica.

Certamente esqueceu que os 45 anos de ocupação israelense representaram um poderoso obstáculo para o progresso palestino, ao mesmo tempo que criava um mercado cativo para os produtos de origem israelense.

Uma sucessão de “check-points”, barreiras e bloqueios de estradas prejudicam a movimentação dos produtos locais.

O muro, cuja construção foi iniciada por Sharon, entra por dentro do território palestino, cortando pelo meio cidades, fazendas e até casas.

Um relatório do Banco Mundial põe a culpa do atraso palestino na ocupação israelense. Ele afirma que “a remoção das restrições israelenses ao acesso dos produtos  aos mercados e aos recursos naturais é um pré requisito para a expansão do setor privado palestino.”

E o banco conclui: Embora haja outros fatores, as restrições israelenses permanecem o maior obstáculo aos investimentos.”

Quanto a Gaza, relatórios do FMI e do Banco Mundial, afirmam que a fratura da economia deve-se ao bloqueio de 5 anos  imposto por Israel.

O governo de Telaviv proíbe exportações de Gaza para a Margem Oeste dos mais inócuos materiais, até mesmo morangos.

Em diversas épocas, não permitiu a entrada em Gaza de aço e vidro para a população reconstruir a cidade, destruída pelo exército israelense na guerra de 2008-2009.

Israel controla, não apenas a entrada e saída de produtos de Gaza e da Margem Oeste, como também a entrada e saída de palestinos dessas regiões.

Soldados israelenses podem arbitrariamente bloquear o acesso de fazendeiros às suas terras, de estudantes ás suas escolas e pacientes aos médicos e hospitais.

Romney também considerou a Providência como um possível fator do sucesso econômico israelense.

Providência…Parece significar que, para ele, o deus de Israel é superior ao deus dos árabes…

Afirmação um tanto discutível.

Já a ajuda econômica e militar dos EUA a Israel – a maior feita a qualquer pais do mundo- que se repete há muitos anos, é certamente um fator indiscutível.

Chegando à Polônia, Romney continuou seu festival de inconveniências.

Declarou que a Rússia, que vinha caminhando para se tornar uma sociedade livre e aberta com Putin,  estaria  voltando pra traz.

Como ele, anteriormente, já havia rotulado a Rússia como inimigo geopolítico no.1 dos EUA, foi ao menos coerente.

Só que nos “bons tempos do Presidente Ieltsin”, um grupo de oligarcas haviam saqueado aquela “sociedade livre e aberta”. Coisa que o criticado Putin reprimiu, pondo na prisão uns quantos e recuperando os bens nacionais perdidos.

Ao lado de rasgados elogios ao regime liberal polonês, o candidato republicano comparou-o com regimes ditatoriais (Asdsad e Lukashenko) e autoritários (Putin e Chavez, chamado também de “repressor”).

Pode ser que, em parte,  tenha razão,  mas a verdade é que ele não está em posição de doutorar sobre democracia.

Afinal, no seu país, o Presidente tem poderes para mandar matar no exterior quem julgar uma ameaça à segurança nacional. E, se o suspeito estiver nos EUA, mandar que ele seja preso e mantido em custódia por prazo indeterminado e sem julgamento.

As leis que permitem essas afrontas à celebrada Constituição dos EUA foram apresentadas pelo partido de Romney (e aprovadas por Obama).

Embora falando coisas um tanto estranhas, Romney ,na Polonia, não cometeu grandes gafes.

Elas ficaram por conta do seu portavoz.

Quando o candidato republicano estava depositando a tradicional coroa de flores no Tumulo do soldado desconhecido, em Varsovia, ele foi assediado por repórteres com perguntas indiscretas.

Irritado, o porta voz, os interpelou assim:
“Este é um lugar sagrado para o povo polonês.  Mostrem mais respeito. Beijem meu… (‘kiss my ass.’)”.

Um fim burlesco para uma  viagem de comédia.

2 pensou em “Romney: tour de gafes.

  1. Já comentei com muita gente que uma pessoa que acredita nesse samba do americano doido, o malandro do ´sec.XIX Joseph Smith,só poderia ser um ignorante….Mas as gafes foram tantas e tão grosseirasai que as vezes suspeito que tenham sido propositais com o intuito de emular outro campeão da imbecilidade útil e líder republicano, Monster W Bush….Portanto alémde idiota
    ele antes de tudo um grande CANALHA!!!
    Abraços,
    Élida.

  2. Grato pelo artigo (e pelo site)! Louvável sua paciência para seguir os pronunciamentos e atitudes desses lambuzões conservadores e super-endinheirados que tentam chegar ao poder (em qualquer lugar do mundo mas especialmente) nos EUA: são de uma mediocridade humana inominável.

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