Rejeições à proposta de paz na Palestina.

A iniciativa da Liga Árabe para a paz na Palestina, com base nos limites de 1967 e a troca de territórios, já começou a ser rejeitada.

Primeiro foi Bibi Netanyahu.

Ele declarou que territórios não eram a principal causa do conflito.

Isso seria secundário, a tomada e ocupação da Cisjordânia pelas tropas israelenses fora “dessas coisas que acontecem numa guerra.”

O importante, que impede a conclusão da paz, seria o fato dos palestinos não reconhecerem Israel como estado para sempre sionista.

Portanto, eles teriam de admitir essa realidade antes de se começar a negociar uma Palestina independente.

Como,  quem interpreta os sentimentos palestinos é Telaviv, caberá a seu governo dizer quando esse momento chegará.

Não é preciso analisar muito para concluir que, por Bibi, nem pensar na proposta da Liga Árabe agora.

Que se esqueça também a solução dos “2 estados”, pois ela parte da discussão dos limites dos territórios de Israel e da nova Palestina, o que é uma questão secundária, sempre de acordo com Netanyahu.

Esta inesperada declaração dele não pegou muito bem em Israel.

Diz o Haaretz que seus assessores estão preocupados.

Temem que a entusiástica aprovação de John Kerry, o secretário de Estado americano, à proposta da Liga Árabe tenha sido pra valer. Obama estaria comprometido com ela.

A rejeição de Bibi poderia aborrecer o governo americano, com resultados imprevisíveis.

A atitude da ministra da Justiça, Tzipi Livni, escolhida para ser a negociadora israelense com os palestinos, também é vista com apreensão.

Eufórica com a proposta da Liga Árabe, ela já partiu para Washington, com o fim de discutir com John Kerry os próximos passos para viabilizar sua com cretização.

Se Netanyahu resolver arreglar diante dos EUA, as coisas podem se complicar no seu gabinete ministerial.

Ele terá de enfrentar os ultra- diretistas de Avigdor Lieberman e o forte partido que representa o pessoal dos assentamentos. Seu líder, Bennet, voltou a declarar que Deus destinou toda a Cisjordânia para os judeus, por isso jamais se deve ceder parte dela aos árabes.

Por sua vez, o Hamas depois de apenas pedir cuidado aos negociadores  palestinos, evitando novas concessões além das sugeridas pela Liga Árabe, voltou atrás.

Falando ao povo de Gaza, o líder Hanyeh condenou a proposta e mandou os “árabes estrangeiros”, que a formularam, irem cuidar dos seus próprios negócios.

Claro, ele pode estar pressionando para colocar também o Hamas na mesa de negociações.

Coisa que Bibi não topa de jeito nenhum, a não ser que os rebeldes reconheçam Israel como Estado sionista.

E assim, tudo vai ficando cada vez mais difícil.

Mas ninguém acha que conseguir a independência da Palestina seria fácil.

 

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