Israel está extraindo recursos minerais da região do Mar Morto, na Palestina ocupada, para seus objetivos econômicos.
Para o grupo de Direitos Humanos Al Haq, trata-se de “pilhagem”, um crime de guerra.
“Israel está abertamente cometendo uma violação das suas obrigações como Poder Ocupante dos territórios palestinos porque está estimulando e facilitando a exploração de recursos da Palestina e ativamente assessorando sua pilhagem por atores particulares,’’afirma o relatório do Al Haq.
Segundo o grupo, a responsabilidade pelo crime de pilhagem é, não apenas do estado de Israel, mas também dos moradores dos assentamentos que se beneficiam da exploração dos minérios do Mar Morto. Eles não poderiam ignorar que tais recursos pertencem á Palestina, de acordo com a lei internacional.
Segundo o relatório Levy, de autoria de uma comissão nomeada pelo governo Netanyahu, a Palestina faria parte de Israel. Portanto, o governo de Telaviv não seria Poder Ocupante, tendo todo o direito de promover a extração de minérios do Mar Morto como lhe aprouver.
Contra esse entendimento, muitos juristas afirmam que Israel viola princípios básicos da lei internacional na ocupação e exploração dos recursos da Palestina.
O artigo 47 da Convenção de Haia, que define os crimes de guerra sob a lei humanitária internacional, dispõe que “pilhagem é formalmente proibida.”