Os palestinos voltam à ONU.

Desta vez será diferente.

Os palestinos sabem que não conseguirão o reconhecimento de sua independência pelo Conselho de Segurança da ONU.

Podem até ter maioria que não vai adiantar nada: os EUA vetam.

Em setembro, vai haver a reunião anual da Assembléia Geral e é lá que os palestinos esperam vencer.

Em recente reunião, a Liga Árabe decidiu apoiar o pedido de reconhecimento da independência da Palestina nessa reunião.

Não pleitearão serem aceitos como membros plenos da ONU, isso só o Conselho de Segurança pode conceder, mas, certamente e por grande margem, a Palestina deverá ser aprovada como um estado observador não-membro.

O que lhes dará direito de processar Israel no Tribunal Penal Internacional por alguma das muitas violações das leis internacionais ou dos direitos humanos. Poderão escolher entre uma grande variedade de ilícitos pelos quais os israelenses já foram condenados pela ONU, União Européia ou diversas comissões internacionais de investigação.

Mais importante do que isso: o estado palestino será reconhecido nos limites de 1967 pelo mais alto foro mundial.

Isso deixaria Romney muito contente.

Ele poderia acusar Obama, como já havia feito antes, de ser culpado por prejuízos a Israel devido à sua “  insuficiente defesa” dos interesses do governo de Telaviv.

Para evitar essa argumentação incômoda no momento da campanha eleitoral, Obama vai tentar convencer os palestinos a adiarem seu pedido para depois de novembro, quando serão as eleições americanas.

Se seus esforços forem em vão, certamente fará de tudo para conseguir o maior número de votos contra o reconhecimento da Palestina.

Vai ficar numa situação muito chata, pois a desculpa do seu veto no ano passado agora não pega nem de longe.

Ele havia alegado que a forma certa de proclamar a independência da Palestina não seria  unilateral,  mas sim através de negociações com Israel.

Neste ano, ficou mais do que provado que, com Netanyahu, isso é impossível.

O premier de Israel não admite interromper a escalada de novos assentamentos, como querem os palestinos,  para as conversações de paz começarem.

É uma exigência correta: a maioria dos assentamentos, senão todos, ocupam  terras que de direito pertencem à Palestina e, forçosamente, farão parte do novo estado. Sendo assim por que continuar construindo novas unidades que nunca poderiam ficar para Israel?

Recentemente, a Autoridade Palestina fez um novo esforço para possibilitar as negociações, defendidas por Obama e seguidores como a saída correta. Enviou carta a Israel, fixando suas condições.

Bibi rejeitou tudo.

Portanto, falar em resolver o problema através de negociações é o mesmo que propor que não se resolva nunca. Seria  muito cinismo da parte de Obama voltar a repetir essa tese completamente furada.

Mas, sem cinismo em política,  não se vai longe.

Os palestinos que se preparem porque a luta na Assembléia Geral da ONU será dura.

 

 

 

Um comentário em “Os palestinos voltam à ONU.

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