Depois da guerra, com a revelação do Holocausto, o povo alemão foi tomado por um profundo sentimento de culpa.
A maioria por desconhecimento, muitos por medo de protestar, outros ainda por indiferença; seja como for, de algum modo, quase todos tiveram alguma parcela de culpa nas perseguições.
Houve uma necessidade geral de procurar reparar o mal que tinha sido feito.
O nazismo e toda forma de anti-semitismo foram rigorosamente proscritos como crimes.
Os governos do pós-guerra passaram a indenizar os judeus sobreviventes e as famílias das vítimas. E doar significativas quantias ao Estado de Israel.
O sentimento de culpa da nação alemã levou- a também a apoiar os israelenses em seus pleitos na área internacional, mesmo quando de justiça discutível.
Mas, com o passar dos anos, as novas gerações, que não haviam sequer nascido nos tempos do nazismo, não tinham porque continuar carregando uma culpa que não era sua.
Aos poucos o povo alemão começou a julgar as ações dos governos israelenses de forma objetiva, condenando suas violências contra os palestinos.
E esta tendência se acentua nos últimos anos com o governo Netanyhau, que se distingue entre os anteriores pelas suas arbitrariedades e desrespeito às leis internacionais.
É o que reflete pesquisa da Forsa, entre 28 e 31 de maio, publicada pela revista alemã Stern.
59% dos respondentes descreveram Israel como “agressivo”, contra apenas 49%, em 2009.
70% dos alemães concordam que Israel procura seus interesses sem consideração pelos interesses das outras nações. Em 2009, eram 59%.
Apenas 36% tinham uma visão positiva de Israel, contra 45%, em 2009.
Finalmente: 60% discordam de que a Alemanha deva obrigações especiais a Israel devido ao Holocausto e 65% acham que o governo Merkel deve reconhecer a independência da Palestina.