Na última eleição presidencial, Obama obteve 34 pontos percentuais mais do que seu adversário entre os eleitores com menos de 30 anos.
Ele ganhou com 2/3 dos votos dessa faixa de idade.
Os jovens acreditaram na mensagem de mudança do candidato democrata. Ficaram cheios de esperança.
Mas, com o tempo, o ‘‘Yes, we can”, da campanha de Obama na presidência dos EUA transformou-se em “No, we can´t”.
O que gerou profundo desencanto.
Recente pesquisa da Harvard refletiu esse sentimento. Apesar da fraqueza do candidato republicano, a vantagem de Obama, em relação à eleição passada, caiu para 12 pontos , nas idades entre 18 e 24 anos; e para 23 na faixa 25-29 anos.
E aprovação dos jovens ao governo Obama despencou de 75%, em 2009, começo do seu governo, para 57%,hoje, conforme pesquisa Gallup.
Apesar da mensagem de Romney não ser muito apreciada pelos jovens, ele adotou uma estratégia eficiente.
Está explorando a desilusão dos jovens que, ao se formarem, encontram as maiores dificuldades para arrumar emprego. A culpa disso é atribuída pelo republicano aos 4 anos de Obama. E ele se apresenta como uma opção nova, que pode representar “mudança” e “esperança”.
Não acho que uma parte substancial dos eleitores jovens migre para a candidatura republicana.
O que mais ameaça Obama é a abstenção, o voto em branco daqueles que se desiludiram com a mudança que não veio.