Não que a gente do Tea Party seja contra as guerras americanas.
De um modo geral, bem que eles aprovam Tio Sam mandando brasa nos árabes e iranianos rebeldes, esses substitutos do falecido comunismo internacional no papel de assombração do “american way of life”.
É que eles vêem os EUA abatidos por um tremendo déficit orçamentário. Por culpa dos gastos não-essenciais do estado, é claro, que podem e devem ser cortados. Gastos com assistência social, saúde pública, certamente, mas… e os gastos com os imensos e dispendiosos exércitos no exterior e bases espalhadas pelo mundo? Deverão ser poupados?
Bem, para o Tea Party, gastos militares só podem ser considerados essenciais quando destinados à defesa do país. Não é o caso daqueles que se destinam ao Iraque, Afeganistão e talvez aos aviões sem piloto, os drones, tão estimados pelo Presidente Obama etão odiados pelos camponeses paquistaneses da fronteira afegã.
Por isso, com lágrimas nos olhos, suas principais estrelas já afirmaram que, daqueles 1 trilhão e quinhentos bilhões de dólares a serem cortados por uma comissão especial do Congresso, uma boa porcentagem terá atingir os orçamentos militares.
O pessoal do Pentágono e os republicanos tradicionais estão chocados. Jamais esperariam isto dos seus novos darlings da política.Mas como o partido de Bush precisa deles, teve de contemporizar. Para acalmar esses circunstanciais aliados dos movimentos pró-paz, o “Great Old Party” não nomeou um único “falcão” na comissão que vai debater os novos cortes orçamentários.
Desconfiados da boa vontade republicana, ativistas do Tea Party avisaram que vão fiscalizar as ações dos congressistas para colocar na sua lista negra todos aqueles que defenderem a integridade dos orçamentos militares.
‘Nenhum membro do Congresso está seguro”, disse Amy Kremer, dirigente do Tea Party Express, “Vamos ficar de olhos em todos”.