Os EUA criticaram severamente a Rússia pelo uso exagerado de vetos no Conselho de Segurança da ONU.
Ponderaram que isso poderia levar o conselho a perder sua legitimidade a longo prazo.
E os EUA e outros países a desconsiderá-lo como órgão a quem cumpre as grandes decisões mundiais.
Esse abuso teria sido responsável pela paralização da ONU na guerra da Síria.
Foram os quatro vetos russos a resoluções buscando interromper o derramamento de sangue que teriam impedido a possível solução do conflito.
Os americanos esqueceram-se de mencionar que estas resoluções eram todas contrárias ao presidente Assad, aliado de Moscou.
As negociações que se visualizavam não passavam de rendição já que Assad e os seus estavam de antemão excluídos delas.
Putin não iria entregar a cabeça do sírio numa bandeja.
Daí os vetos russos.
O estranho em tudo isso é que apesar de condenar vetos alheios, os EUA, desde 1991, já apresentaram 14 vetos no Conselho de Segurança da ONU: mais do que os russos, portanto.
Quase todos eles em defesa de Israel, nas suas transgressões ao direito internacional como a expansão dos assentamentos, a anexação das colinas de Golã, as demolições de casas palestinas e o massacre de Gaza, entre outros.
Condenar nos outros aquilo que você faz…
Será o excepcionalismo americano de que fala o presidente Obama?