O petróleo mexicano foi nacionalizado em 1938, com a expropriação das empresas Standard Oil e Shell.
Foi criada então a PEMEX – Petróleo Mexicano S/A.
Os governos inglês e americano reagiram, promovendo um boicote internacional do petróleo e outros produtos mexicanos.
O México quase quebrou, mas, com a segunda guerra mundial, passou a exportar para a Alemanha, Itália e Japão. Perdendo sua eficácia, o boicote foi suspenso e os mexicanos se safaram.
A PEMEX tornou-se uma das maiores petrolíferas do mundo.
Agora, 75 anos depois, o monopólio estatal do petróleo mexicano acabou, por iniciativa do presidente Nieto, apoiado por seu partido e o partido conservador, da oposição.
Eles juntaram forças para derrubar o monopólio estatal no Parlamento por 353 votos contra 134, da oposição de esquerda.
A justificativa foi a necessidade de estimular a produção de petróleo que caiu 25%, desde 2004.
Aponta-se que esse resultado se deveu à falta de experiência da PEMEX em explorar reservas de gás em águas profundas.
Talvez, embora ela pudesse ter contratado empresas, como, por exemplo, a PETROBRAS, com tecnologia provada nessa área.
De qualquer modo, a privatização do petróleo mexicano será um grande negócio para as empresas americanas.
Elas poderão entrar em condições altamente favoráveis graças ao NAFTA, tratado bilateral de isenção de impostos entre EUA, México e Canadá.
É bom notar que o México, além do potencial de gás pouco explorado, é um dos 5 maiores exportadores de petróleo para os EUA.