O Mossad desmentiu Netanyahu.

Em 2012, Bibi Netanyahu deu um show na assembléia da ONU.

Usando um cartaz para enfatizar suas idéias, ele denunciou que o Irã estava a um ano de produzir sua bomba nuclear. O mundo se acharia em perigo!

E Bibi clamou por ação para deter os diabólicos iranianos.

Passou um ano, passaram dois, três… e até agora nada de bomba.

Mas muito antes dos fatos desmentirem o dramático político israelense, ele já tinha sido desmentido por sua própria gente.

Duas semanas depois da acusação na ONU, o Mossad – serviço secreto de Israel, enviou ao seu congênere da União Sul-Africana um relatório informando que  Irã “não estava desenvolvendo as atividades necessárias para produzir a bomba”. E esclarecia que Teerã “não parece estar em condições” para enriquecer urânio no elevado grau necessário às bombas nucleares.

O que exige um enriquecimento de 90%.

Para o Mossad, os iranianos tinham “cerca de 100 quilos de material enriquecido a apenas 20%.”Os quais, aliás, foram diluídos ou convertidos em bastões nos termos do acordo provisório de Genebra, de 2013.

Bem, o Mossad é a agência de espionagem israelense mais capacitada a descobrir o que países estrangeiros andam fazendo.

A confiança dos governos de Israel em suas informações costuma ser ampla, total e irrestrita.

Não dá para achar que o Mossad não tivesse prevenido os chefões de Telaviv de que a ameaça nuclear iraniana não passava de fantasia.

Talvez por isso, quando, em 2012, Netanyahu rugia na ONU, notou-se que seu nariz crescia desmesuradamente…

Importante: o relatório do Mossad à agência de inteligência da União Sul-Africana faz parte de um conjunto de documentos ultra-secretos fornecidos por Edward Snowden e publicados nos jornais The Guardian e Al Jazeera.

 

 

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