Reunida em Chicago, a OTAN e os EUA determinaram a finalização da Guerra do Afeganistão, já que considera os talibãs praticamente derrotados.
Até meados de 2013, o controle do país deverá ser passado às tropas afegãs, sendo que as tropas de combate estrangeiras se retirarão em 2014.
Ficará apenas um número não determinado de militares para treinar e assessorar os afegão até 2024, pelo menos. Inclusive., as Forças Especiais americanas quew continuariam, realizando seus raids noturnos, para desgosto da população afegã e do Presidente Karsai.
Portanto, nem todas as tropas de combate sairiam já que raids noturnos dificilmente poderiam ser qualificados como “treinamento ou assessoramento.”
Mas não foi a única incorreção do comunicado da OTAN.
Os talibã estão longe de serem derrotados.
Desde a entrada em ação dos 30 mil soldados americanos que vieram reforçar o exército, em 2009, a violência e o derramamento de sangue tem aumentado sempre.
Em janeiro último, a Estimativa de Inteligência Nacional concluiu que a guerra tinha atingido um impasse, que o Talibã ainda estava forte, que a Casa Branca tinha colocado no poder um governo deteriorado por corrupção progressiva.
Além disso, o inimigo não era mais apenas o talibã. Novos grupos independentes tinham aderido à insurgência e realizado missões suicidas até mesmo em Kabul.
Há dúvidas de que o exército afegão teria condições de, no prazo marcado, garantir a segurança do país.
Por enquanto, eles não foram praticamente provados. Só entraram em ação em conjunto com tropas da OTAN ou dos EUA e , em geral, subordinados aos comandantes delas.
Menos de 1% já aturam independentemente, sem a liderança de oficiais das tropas estrangeiras.