O casamento virou funeral.

Aconteceu no Iêmen.

Depois da celebração de um casamento, o cortejo nupcial viajava em direção à aldeia dos noivos quando foi interrompido bruscamente.

4 mísseis lançados por drones americanos atingiram 11 veículos, matando 12 pessoas e ferindo 15 outras,  inclusive a recém-casada.

O governador e comandante militar da região classificou as vítimas como “um erro”, mas ofereceu dinheiro e rifles de assalto (um gesto tradicional de desculpas) às famílias enlutadas.

Anonimamente, oficiais americanos e iemenitas disseram que havia gente da al Qaeda entre os convidados.

No entanto, o Human Rights Watch investigou o caso, ouviu testemunhas e concluiu que, na verdade, os mortos e feridos não passavam de incautos civis.

Mesmo que alguns fossem terroristas, os EUA teriam violado as leis da guerra já que atacaram indiscriminadamente culpados e inocentes. Além disso, causaram perdas civis desproporcionais em relação às vantagens militares esperadas.

Lembro que, em maio do ano passado, Obama afirmou  que a política americana exige que “quase com certeza” nenhum civil possa ser vitimado em ataques com alvo seletivo.

Não sei o que ele quer dizer com a expressão “quase com certeza”.

Mas não me parece muito tranqüilizadora para o  povo do Iêmen e do Paquistão que vive sob risco de, quando menos espera, ser pulverizado por um míssil disparado do céu.

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