Tamakei Karman liderou as manifestações da Primavera Árabe no Yemen pela deposição do ditador Salehi.
É uma corajosa jornalista, chamada no seu país de “Mulher de Ferro” e “Mãe da Revolução.”
Em 2011, ela foi a primeira mulher árabe a receber o Prêmio Nobel da Paz, por sua contribuição à causa dos direitos humanos.
Em entrevista à imprensa, Karman considerou como “golpe militar” a derrubada do presidente Morsi, do Egito. Para ela, esse golpe enfraqueceu os políticos islâmicos moderados e fortaleceu os radicais religiosos no Oriente Médio.
Agora, muita gente está dizendo que, via democracia, jamais um partido islâmico, mesmo moderado, se manterá no poder.
A al-Qaeda anda comemorando.
Os militares egípcios não gostaram nada das declarações de Karman.
Quando ela viajou para o Egito, foi detida logo ao chegar no aeroporto do Cairo. E, em seguida, mandada de volta no mesmo avião.
A Irmandade Muçulmana protestou, afirmando que a deportação da jornalista yemenita reproduzia as práticas do famigerado aparelho de segurança da era Mubarak.
Por sua vez, a agência estatal de notícias Mena esclareceu que Karman estava numa lista de pessoas que o regime militar não autorizava a entrar no país.
Estrangeiros “indesejáveis” poderiam perturbar a paz das pirâmides.