Netanyahu começa a cair.

Em 23 de julho, pouco depois do início dos ataques a Gaza, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estava com tudo.

Pesquisa do Canal 2 mostrava que 82% do povo de Israel o apoiava entusiasticamente.

Mas, o tempo ia passando e a guerra continuava.

O número de civis mortos, o bombardeio de hospitais, escolas e abrigos da ONU incomodavam…

E a opinião pública começou a mudar.

Em 5 de agosto, o apoio a Netanyahu caía para 63%.

Descia mais um pouco em 21 de agosto, chegando a 55%.

Finalmente, dois dias depois, quando a Operação Escudo Protetor completava 49 dias, apenas 38% dos entrevistados continuavam ao lado do primeiro-ministro.

50% declararam-se insatisfeitos.

Para alguns observadores, o povo não agüentava mais uma guerra excessivamente demorada, na qual Telaviv não conseguia liquidar o Hamas e praticava violências que indispunham Israel até com o governo dos EUA.

Agora, com o cessar-fogo, Netanyahu tenta provar que, sob seu comando, Israel ganhou a guerra.

Claro, matou e destruiu muito mais do que seus adversários.

Mas, além de não ter conseguido acabar com os foguetes e túneis do Hamas, saiu com sua imagem internacional profundamente desgastada.

O que deu mais gás à causa da independência palestina.

Fortalecidos, os palestinos irão em 15 de setembro exigir seu reconhecimento como Estado membro efetivo da ONU.

Vai ser difícil para o Conselho de Segurança recusar.

 

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