Estudo do think tank inglês Centre on religion and Geopolitics revela que caso o ISIS seja derrotado, sua ideologia poderá continuar hegemônica na região.
Apurou-se que nada menos do que 60% dos membros do exército rebelde, soi disant moderado, é salafita, a mais radical seita muçulmana. Donde saem a maioria dos homens-bomba e a pena de degola é livremente aplicada aos infiéis (cristãos) e hereges (xiitas).
Onde a mulher é um ser de segunda classe, restrita ao lar e dependente do marido em tudo.
O estudo do think tank inglês afirma ainda que o vácuo deixado por uma eventual derrota militar do ISIS poderá ser prontamente ocupado por 15 diferentes facções anti-Assad, que seguem um “manual de conduta” muito semelhante ao dos trogloditas do Estado Islâmico.
Esses 60% de seguidores dos princípios do bárbaro califado são em grande parte membros dos movimentos Nussra, filial da al Qaeda na região, e Ahrar al-Sham, fundado por dissidentes do finado Bin Ladem, hoje darling da monarquia saudita, pródiga em lhe fornecer avançados armamentos adquiridos nos EUA.
Segundo o Centre on Religion and Geopolitics, este grupo, em quem EUA, França e Reino Unido confiam para expulsar o bad guy Assad (deixando Putin mal) e ajudar a derrotar o ISIS, tem tudo para lhes dar uma surpresa desagradável.
Caso vençam, poderão ocupar o lugar do Estado Islãmico (sunita e salafita como eles) virando as armas em direção dos EUA e aliados. Semelhante ao que aconteceu no Afeganistão, quando os heróicos mujahedis, bem supridos de armas made in USA, puseram os soviéticos a correr.
Vitoriosos esses defensores da democracia e da liberdade não deram adeus às armas.
Reunidos, houve quem ponderasse: já que atuamos tão bem unidos, porque não formar um movimento contra todos os nefandos infiéis, soviéticos ou não.
Ótima idéia, gritaram todos.
Ótima idéia Bin Laden!