Desde 1972, o Gallup vem pesquisando o prestígio da mídia dos EUA.
Ela alcançou o nível mais alto em 1976, quando 72% das pessoas ouvidas responderam positivamente à pergunta: “A mídia está noticiando de forma completa, cuidadosa e honesta? ”
Era o tempo das grandes reportagens investigativas sobre a Guerra do Vietnam e o Watergate.
A partir de 2007, menos da metade dos respondentes demonstram que a confiança popular fora para o espaço.
Neste ano, tivemos o recorde negativo: 32% apenas viam a mídia impressas, radiofônica e televisiva favoravelmente.
O Gallup atribui esta queda a vários fatores.
As reiteradas acusações republicanas de que a maioria dos jornais, revistas, canais de televisão e rádios aplaudiam Hillary Clinton, enquanto Trump era criticado de modo exagerado, ou mesmo falso.
Não sendo maniqueísta, concordo, apesar dos protestos partirem de republicanos e conservadores, gente, em geral, de posições retrógadas.
Outro motivo que pesou na rejeição foi as contínuas declarações do “fantasma republicano” sobre as injustiças de que seria constantemente alvo.
Entre os fatos verificados por essa pesquisa Gallup, saliento o pensamento das pessoas entre 26 e 49 anos.
Apenas 26% delas confiam na mídia do seu país, contra 38% dos americanos de mais de 50 anos que tem essa posição.
O que pressagia um futuro sombrio para os veículos de informação e opinião americanos.